Se os Police fossem uma equipa de futebol – e porque o local onde tocam esta noite em Lisboa é o Estádio Nacional – quase podíamos dizer que o que a banda traz até nós é um espectáculo técnica e tacticamente irrepreensível.
Técnica porque apesar da idade já ir avançada (Andy Summers tem 64 anos, Sting tem 56 e Stewart Copeland tem 55), nenhum dos três músicos perdeu o jeito para tocar as canções que os popularizaram durante a década de 80. Nem o jeito nem a vontade. Justiça seja feita, o grupo terá mesmo apurado os seus dotes com o passar do tempo, pelo que durante o espectáculo será possível a todos assistir a alguns rasgos de virtuosismo dos três músicos. “Acho que estou a atravessar um excelente momento de forma, pelo menos é o que a minha mulher me diz”, garantiu em entrevista ao CM o bem-disposto Stewart Copeland. Durante o concerto – Sting, que em vários momentos se escusa ao papel de protagonista do espectáculo e faz questão de dar lugar aos seus eternos companheiros – chega mesmo a dizer aos microfones: “Bem vindos ao Stewart Copeland Show.” Summers também não lhe fica atrás e os solos e dedilhados com que o músico rendilha os velhinhos temas dos Police são daqueles de deixar todos de boca aberta.
Depois, o concerto dos Police é um espectáculo tacticamente irrepreensível porque a banda soube fazer o alinhamento certo para o seu regresso. Não falta lá nada. O grupo entra em palco em som de ‘Message In a Bottle’, fazendo alinhar depois temas como ‘Walking On The Moon’, ‘Don’t Stand So Close To Me’, ‘Every Little Thing She Does Is Magic’, ‘Roxanne’, ‘So Lonely’, ‘Every Breath You Take’ ou ‘Next To You’, entre muitos outros.
Resumindo: o concerto de regresso dos Police a Portugal, 27 anos depois, em nada tem a ver com o regresso de uma banda de cotas que precisa de uns tostões para a reforma. O espectáculo nem podia ser mais puro. Não há artifícios, nem manobras de diversão, apenas os três músicos em palco, o bastante, no entanto, para encher uma área que tem 50 metros de comprimento e 22 de profundidade.
50 camiões transportaram todo o material para o espectáculo. Durante cinco dias 140 pessoas trabalharam na sua produção. Ontem esse número aumentou para 1100.
No final, Sting, Copeland e Summers agradecem e abraçam-se. O passado foi lá atrás e as discussões também. A amizade voltou e este também é um facto histórico.
FILHO DE STING ABRE O ESPECTÁCULO
Até nem foi muito complicado para o baixista Joe Sumner conseguir um lugar próprio no mundo da música. Tudo porque, apesar de ser filho de um dos maiores músicos de sempre, muito pouca gente conhece o pai pelo seu nome de baptismo: Gordon Sumner. A coisa complicava-se mais quando alguém comentava: “Aquele gajo é o filho do Sting.”
Ainda assim, quer Joe quer a sua banda Fiction Plane têm conseguido o seu espaço. Curiosamente, a imprensa da especialidade até costuma dizer que a voz de Joe Sumner é mais parecida com Bono do que com o pai, Sting. Ora, são precisamente Joe Sumner e a sua banda que abrem o espectáculo dos Police esta noite. O grupo pratica um pop-rock britânico um pouco mais ‘sujo’ do que o habitual e traz até nós o seu último trabalho ‘Left Side Of The Brain’. A crítica tem sido elogiosa. in "Correio da Manhã"
Até nem foi muito complicado para o baixista Joe Sumner conseguir um lugar próprio no mundo da música. Tudo porque, apesar de ser filho de um dos maiores músicos de sempre, muito pouca gente conhece o pai pelo seu nome de baptismo: Gordon Sumner. A coisa complicava-se mais quando alguém comentava: “Aquele gajo é o filho do Sting.”
Ainda assim, quer Joe quer a sua banda Fiction Plane têm conseguido o seu espaço. Curiosamente, a imprensa da especialidade até costuma dizer que a voz de Joe Sumner é mais parecida com Bono do que com o pai, Sting. Ora, são precisamente Joe Sumner e a sua banda que abrem o espectáculo dos Police esta noite. O grupo pratica um pop-rock britânico um pouco mais ‘sujo’ do que o habitual e traz até nós o seu último trabalho ‘Left Side Of The Brain’. A crítica tem sido elogiosa. in "Correio da Manhã"
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