Uma voz cálida e intimista. Um virtuosismo disfarçado de simplicidade. Uma capacidade de abarcar os mais diversos géneros sem sacrificar a essência. Tudo isto é Ben Harper. O Pavilhão Atlântico já o conhece e é com expectativa que aguarda o seu regresso, marcado para 4 de Outubro.
Há três anos, o norte-americano esteve naquela sala lisboeta (um dos muitos locais onde já actuou em Portugal) para um concerto de três horas. Ali, perante perto de 20 mil pessoas, deu um novo significado à palavra "entertainer". Aos comandos, uma mensagem que, não sendo nova, ganha na música e na postura de Ben Harper uma força extraordinária. Tão simples quanto isto: "Acredito que o mundo pode ser um sítio melhor".
É esta a mensagem que continua a espalhar com o novo álbum, que vem reafirmá-lo como um dos mais importantes músicos da sua geração. Chama-se "Both Sides of the Gun" e exibe - na forma de disco duplo - os dois rostos de Ben Harper: músico capaz de, num momento, puxar pelo rock e, no momento seguinte, se entregar a devaneios sonoros de intimismo.
Acompanhado pela sua banda, The Innocent Criminals, volta a trazer aos palcos portugueses a sua mistura única e apurada de rock, funk, gospel, blues e reggae, num concerto que promete conquistar sorrisos e gerar comunhão, através de canções como "Sexual healing" (versão do mestre Marvin Gaye), "With my own two hands", "Excuse me mister", "Diamonds on the inside" ou "I'll rise".
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